Educação básica avança no Brasil

Pelo segundo ano consecutivo, resultado do Ideb é positivo

O índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) do País cresceu em todas as etapas de ensino, entre 2007 e 2009. Nos anos iniciais do ensino fundamental, o Ideb subiu para 4,6 em 2009. A nota proposta para o período era 4,2 – índice já registrado na aferição de 2007. Nos anos finais, o indicador foi para 4,0 pontos, superando a meta de 3,7 para o ano.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, considera normal que a melhora no índice seja proporcionalmente maior nos anos iniciais do ensino fundamental. “Vínhamos de um período de recessão educacional, de queda de proficiência. Quando a educação começa a melhorar, é como uma onda; a arrancada mais forte se dá nos anos iniciais e se propaga, ao longo do tempo, nos finais e no ensino médio”, disse.

O Ideb utiliza escala de zero a dez pontos e é medido a cada 2 anos. O objetivo do Governo é chegar à nota seis em 2021 – valor correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos.

No indicador estão reunidos dois conceitos fundamentais para a avaliação do nível da educação no País: o fluxo escolar (taxas de aprovação, reprovação e evasão obtidas no censo da educação básica) e as médias de desempenho nas avaliações Prova Brasil e Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

A Prova Brasil é um teste de leitura e matemática para turmas de quarta e oitava séries (ou quinto e nono anos) do ensino fundamental. Os alunos do ensino médio fazem o Saeb, avaliação por amostra, que também avalia habilidades em língua portuguesa e matemática. No ano passado, os exames foram aplicados a dois milhões e meio de alunos da quarta série (quinto ano), dois milhões da oitava série (nono ano) e 56 mil do ensino médio.

“O Brasil está numa trajetória ascendente e consistente pelo quarto ano consecutivo. Ainda estamos distantes da meta de 2021, mas com a esperança renovada de que será alcançada”, afirmou Haddad.

Os dados mostram que o desempenho dos estudantes nas avaliações foi o que mais pesou na composição do Ideb de 2009. Nos anos iniciais, por exemplo, foi responsável por 71% da nota. Já no ensino médio, embora o desempenho tenha sido responsável pela maior parte do coeficiente final, a taxa de rendimento subiu em relação a 2007; teve 42% de importância no índice, comparado aos 29% da medição anterior.