De janeiro a junho de 2009, 166 pessoas tiveram o diagnóstico da doença confirmado, contra 2.807 no mesmo período do ano passado. Nenhuma morte causada pela doença foi notificada este anoO número de casos de dengue no Recife desabou nos primeiros seis meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2008. De janeiro a junho de 2009, 166 pessoas tiveram o diagnóstico da doença confirmado, contra 2.807 no ano passado. A queda de 94% coloca o Recife entre as cidades com menor incidência da doença por 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 11 vezes menor que a média nacional e cinco vezes que a estadual, segundo dados repassados, ontem, pela prefeitura.
“Chegamos no ano passado a ter um pico epidêmico. Esse índice caiu bastante e tomamos novamente o controle da questão da epidemia”, disse o secretário municipal da Saúde, Gustavo Couto.
Ninguém morreu de dengue em 2009, segundo a Secretária Municipal da Saúde. No ano passado, de acordo com a prefeitura, foram três mortes e 18 pessoas tiveram o tipo mais perigoso da doença, a hemorrágica. Neste ano, só há um caso dessa variação sendo investigado.
A queda também se refletiu nas notificações, quando há apenas a suspeita da doença. O número casos notificados passou de 6.941 para 981, uma diminuição de 85%.
A Secretaria da Saúde atribui a queda às ações preventivas realizadas este ano. Quase um milhão de imóveis, exatamente 956.884, foram visitados por equipes de vigilância epidemiológica.
Os donos de 5 mil imóveis fecharam as portas de casa para as equipes de vigilantes, impedindo-as de fazer a vistoria. Caso mantenham a decisão, podem acabar vendo agentes, acompanhados de chaveiros, entrarem na residência mesmo sem permissão.
Dois sobrevoos feitos pela cidade revelam que, apesar da queda, a situação do Recife exige cuidado. Cinquenta e duas áreas de risco foram identificadas. As zonas vermelhas, que representam pontos de risco muito alto, ocupam aproximadamente a metade do mapa elaborado pela Secretaria da Saúde.
“Mesmo tendo esse número vitorioso, tem áreas em que o vetor está circulando de maneira importante. Então a gente não pode baixar a guarda nunca”, alertou o secretário Couto.
Entre os bairros onde há mais casos confirmados está Boa Viagem,Zona Sul, cujas piscinas abandonadas se tornam criadouros perfeitos para as larvas do mosquito Aedes aegypti. A maioria das áreas de risco, porém, tem perfil diferente.
Caixas-d’água sem tampa, lixo amontoado e falta de saneamento básico colocam moradores da Várzea, Zona Oeste, entre as principais vítimas de dengue no Recife. Só a agente de saúde Júlia Maria, 62 anos, já identificou mais de 150 pessoas com a doença em seus 12 anos de trabalho. “Graças a Deus, nunca morreu ninguém.”
fonte: jc
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